Jairo Valio: ‘Retalhos’
“Foi assim, construídos de sobras,/ Fragmentos de coisas usadas,/ Vem vividas, costuradas,/ Na dependência dos fatos,/ Ao acaso das circunstâncias.“
“Foi assim, construídos de sobras,/ Fragmentos de coisas usadas,/ Vem vividas, costuradas,/ Na dependência dos fatos,/ Ao acaso das circunstâncias.“
“Daí vem as magias deste imensurável mundo,/ Que mudam pensamentos e tiram brutalidades,/ Tornando calmo quem tinha suas virulências,/ Pois a jovem que lhe despertou para o amor,/ Tem nos lábios um sorriso tão lindo e meigo,/ E nos toques a maciez de uma pétala de rosa.”
“Gabriela era o nome do Anjinho sapeca,/ Parecendo uma criança que queria brincar,/ E diante de tantas reclamações que ouvia,/ Deus lhe deu tarefas para na terra cumprir/ E com as criancinhas que sofrem fazê-las sorrir.”
“O cantar da passarada,/ Do sabiá e do bem-te-vi,/ Tudo que a mãe contava,/ Isso eu nunca esqueci,/ Que co cantar dos passarinho,/ Fez o meu medo sumi.”
“Gostaria de ser o jardineiro do amor,/ Plantando flores em todos os jardins,/ Regando-as para que florescessem,/ E depois que estivessem viçosas,/ Em cada coração uma plantasse,/ Para abrandar os temperamentos.”
“Não desejo riquezas materiais,/ Que corrompem pelas ambições,/ E se precisar carregar meus fardos,/ Não importa ter chinelos rotos,/ Nem roupas rasgadas para aquecer.”
“Desperta magnífica a natureza,/ As flores destilam seus perfumes,/ Os pássaros em alaridos,/ Buscam seu espaço no céu,/ Em busca de alimento.”
“Teria eu mergulhando em fantasia,/ Um corpo estressado por lamúrias/ e brutal e assustadora tristeza?/ É tanta e cruel a virulência do homem,/ que num momento de sonho, pensei não existir.”